Capítulo 1
O inicio de tudo

O início de tudo O ano era 1865. O Brasil acabara de sair vencedor da Batalha Naval do Riachuelo, em plena Guerra do Paraguai. Naquele tempo, como forma de agradecimento por serviços prestados ao Império, Dom Pedro II sempre fazia doações de terras a certos beneficiários com o objetivo de "cultivar terras virgens". Era o que se chamava de sesmaria. E justamente por ter se destacado na Batalha do Riachuelo, o alferes do Exército brasileiro Manoel Baraúna recebeu do Imperador a doação das terras que faziam parte do Sítio Lino, que tinha este nome por conta do primeiro proprietário. Nascia aí a história de Novo Lino, na Zona da Mata de Alagoas. Vinte anos mais tarde, o alferes Baraúna morreu, e as terras foram herdadas pelo filho, Manoel Baraúna Filho, que passou a explorar cada vez mais a região. Quando Baraúna Filho faleceu, em 1950, as terras foram repartidas entre cinco herdeiros, e parte delas já havia se transformado em povoado. E o movimento foi crescendo, crescendo, crescendo... Com as chegadas das famílias Messias Dias e Guedes de Melo, muitas casas foram construídas e deram um novo impulso a esse povoado. A BR-101 ainda era uma estrada de terra, mas, por cruzar a localidade, passou a ser um fator determinante para que o progresso chegasse mais rápido. E ele chegou. Em 18 de Janeiro de 1961, Sítio Lino foi instalado como Distrito Sede de Colônia Leopoldina, devido ao rápido crescimento promovido pelos trabalhadores que chegaram na região para prestar serviços às usinas de cana-de-açúcar e álcool, sendo que a maioria desses trabalhadores se instalaram no Sítio Lino, tendo, no mesmo ano, seu nome mudado para Novo Lino com a definição de distrito, que é até hoje o nome da cidade. Com esse crescimento, surgiu a ideia da emancipação política do distrito. Muitos nomes trabalharam para que essa independência viesse a se concretizar em 1º de dezembro de 1962, através da Lei 2.490. Dentre eles, estavam Paulo Gomes de Barros, Alfredo Soares da Silva, Manoel Claudino Lemos, Manoel Sebastião de Lemos, Antônio Buarque de Lima, Izaías Buarque de Lima, João Constâncio de Lima Filho, Aloísio Tavares Cordeiro, Carlos Gomes de Barros, Caetano Cavalcante, Manoel Messias da Cruz, Dionísio Guedes de Melo, Benedito Guedes de Melo e Messias José Dias. Assim que o município foi emancipado, Manoel Messias da Cruz foi escolhido como "prefeito-tampão" até a chegada das eleições municipais que só aconteceram um ano mais tarde. Foi então que Paulo Gomes de Barros foi eleito o primeiro prefeito de Novo Lino. Nessa época, o Brasil já estava na iminência do período do governo militar. Fundado em 8 de novembro de 1963 e reconhecido apenas em 6 de novembro de 1967, o Sindicato dos (as) Trabalhadores (as) Assalariados (as) Rurais de Novo Lino foi monitorado e perseguido pelos militares. O maior exemplo desse período foi o delegado sindical Miguel Lúcio que foi preso pelo exército e nunca mais encontrado. Apesar disso, o município, de 215 km² e que faz divisa com Colônia Leopoldina, Matriz de Camaragibe, Jundiá, Porto Calvo, Joaquim Gomes e Campestre, todos em Alagoas; e Água Preta, em Pernambuco, desenvolveu-se ao ponto de contar atualmente com mais de 10 mil habitantes. Sem dúvida alguma, um motivo de orgulho para os novo-linenses. Todos os prefeitos de Novo Lino: - Manoel Messias Cruz (tampão) (1963) - Paulo Gomes de Barros (primeiro eleito) (1964 a 1968) - Benvindo Carlos Souto (1969 a 1972) - Paulo Siqueira Cavalcanti (1973 a 1976) - Paulo Gomes de Barros (1977 a 1982) - Manoel Carlos da Silva (1983 a 1988) - Luiz Soares da Silva (1989 a 1992) - Osvaldo Gomes de Barros (1993 a 1996) - Luiz Soares da Silva (1997 a 2000) - Vasco Rufino (eleito e reeleito) (2001 a 2004 e 2005 a 2008) - Everaldo Alves Barbosa (2009 a 2012) - Aldemir Rufino da Silva (2013 a 2016) - Luciene Maria Ferreira (2017 a 2020) - Marcela Gomes de Barros (2021)
