Capítulo 2
Terra da Banana

A Terra da Banana A economia de Novo Lino sempre foi baseada na agricultura. No início, quando ainda era o Sítio Lino, o que se plantava era para subsistência. Essa prática de comer o que colhe se manteve com a chegada de novas famílias à região. Aqui se plantava de tudo. Desde raízes leguminosas, como inhame e macaxeira, a legumes e frutas, principalmente, banana, muita banana, pois as técnicas de produção eram mais fáceis que as das demais culturas. Paralelamente, surgiram grandes fazendas destinadas ao cultivo da cana-de-açúcar. Com isso, parte significativa da população também passou a trabalhar nessa cadeia produtiva. Mas a banana continuou como protagonista durante um bom tempo. Uma prova é que os pequenos produtores do então povoado passaram a produzir tanto que a saída era vender grande parte do que se colhia. Daí não foi difícil perceber o porquê de Novo Lino ter recebido o apelido de “Terra da Banana”. Apesar de ficar a 250 metros acima do nível do mar, a parte urbana do município fica rodeada de montanhas e foi lá no alto, onde milhares de pés de bananeiras foram plantados durante muitos anos. Faziam até parte do cenário bucólico do local, pois, de lá debaixo, era possível vê-los por toda aquela imensidão verde das montanhas. Já como município, Novo Lino passou a ser o maior produtor de bananas da região. Daqui, vendia-se o produto para cidades vizinhas e até para os Centros de Abastecimento (Ceasas) de Maceió e do Recife-PE. Houve em Novo Lino, inclusive, no início dos anos 2000, um projeto social chamado “Mulheres de Fibras”, que ensinava mulheres locais a fazer artesanato com a palha da bananeira e, assim, ajudar no sustento da família. Mas os tempos mudaram. Os agricultores passaram a perceber que era muito mais rentável e fácil trabalhar com a cana-de-açúcar e até com a pecuária. Então, todo aquele cenário de bananeiras ao redor de Novo Lino foi dando espaço para o plantio da cana-de-açúcar. Atualmente, apenas alguns produtores mais antigos ainda cultivam somente bananas. A produção de cana-de-açúcar no município de Novo Lino alcança 139.135 toneladas ao ano com o valor produzido chegando a R$ 8.941.182,00 segundo dados do último Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2017. Já a área plantada é de 3.932 hectares. Um dos produtores mais conhecidos do município é Paulo Carlos de Lima, que no início dos anos 1980, alcançou uma produção anual de 13.000 toneladas de cana-de-açúcar. Por isso, chegou a ser homenageado pelo Incra com uma medalha de ouro por ser um dos melhores produtores da região. Paulo Negra, como era conhecido, faleceu dia 03 de maio de 2024. Apesar de ter essa economia baseada na agricultura, Novo Lino também tem espaço para o comércio. Os maiores exemplos ficam na Avenida Floriano Peixoto (antiga BR-101) e na Rua do Comércio. Nessas duas vias, encontram-se bares, restaurantes, farmácias, posto de gasolina, pousadas, lojas de roupa, padarias, mercado público, mercadinhos, dentre outros estabelecimentos.
